sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sensibilidade e bom senso

A minha ainda curtinha experiência de estágio tem sido algo entre o castiça e reveladora.
De facto, o contacto com uma população muito carenciada fez-me ver um outro lado da sociedade que até agora não conhecia tão bem. E em alguns aspectos é mesmo muito diferente podem acreditar! No entanto, a maior dificuldade que encontrei nessas populações penso que é comum à com que nos cruzamos todos os dias no nosso meio: encontrei pessoas mergulhadas na solidão. E não estou a exagerar. A nossa presença e disponibilidade de as ouvirmos, por pouco que seja já nos valeram sinceros "muito obrigado". Também já choraram enquanto me contavam coisas pessoais. Profissionalmente, são momentos difíceis de gerir. Pessoalmente, são de grande gratificação e enriquecimento pessoal.
E questiono-me: "o que podemos fazer quanto a isso?"
Muita coisa.
Antes de mais a minha ainda curta experiência de voluntariado forneceu-me algumas estratégias para lidar com a situação. Também na faculdade as aprendi, embora numa perspectiva diferente do voluntariado como é óbvio. Mas cada momento destes é para mim único, não existem estratégias possíveis quando a pessoa abre a sua intimidade para nós.
Mas quanto à minha pergunta anterior, a resposta está em mostrarmos disponibilidade para com o outro. Por mais reduzido que seja o tempo que possuímos para um momento como esse, se formos sinceros e sensíveis à sua causa a pessoa vai perceber.
Sensibilidade gera sensibilidade.

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