sábado, 11 de outubro de 2008

No fim de tudo o Amor permanece

Estes dias têm me levado a questionar "quando desistir?"
Será que existe um limite de dor, de sofrimento que pode ser considerado como limiar?
Quantos amigos meus já pensaram em suicidar-se? Quantos amigos já perdi porque desistimos ambos? Quantas vezes fugimos do que nos magoa ou do que sabemos que nos vai magoar a médio prazo? E será que com isso comprometemos as experiências futuras?
As coisas mudam, as pessoas crescem.
E mudam porque aprendemos com as coisas que nos vão acontecendo no dia-a-dia. E aprendemos estratégias para não magoar os outros e para não nos ferirmos. E então flutuamos num mar calmo, o sol a bater-nos na face, sem ondas. E aguardamos. Esperamos intimamente que algo nos agite que vire de pernas para o ar o nosso pequeno mundo. Mas negamos estes pensamentos e continuamos. Rejeitamos a inércia dos outros, queremos actividade, sentimento no que fazem.
A minha experiência diz-me que as pessoas não mudam a essência do que são. E não quero parecer descrente mas por mais que me tentem convencer disso a minha experiência até agora não me permite. Preciso de ver para crer. Mas não desisto. Parece contracenso mas os meus amigos sabem que todos os dias luto contra esta inércia, este mundinho sereno, sem brisa e com sol forte no mar calmo. Muitas vezes me atiro de cabeça, mas não quando estão outras pessoas envolvidas. Não posso nem devo. Já me magoaram demasiado para perceber que isso é o pior que nos pode acontecer. Mas ainda assim tenho fé. Fé no amor. Descobri que esta é a resposta para tudo. E que, enquanto ele existir tudo será possível.

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