quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Pablo Neruda

Hoje, não resiti a colocar um poema que não é da minha autoria mas que é... simplesmente... Pablo Neruda:

"Se não puderes ser um pinheiro,
No topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo,
Sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas."

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Desistir (ou não)

Desistir...
É necessário saber quando parar e repensar... Nos projectos de vida, e o que queremos para os próximos meses.
Foi isso que fiz e não gostei. Por vezes temos de saber quando desistir. É preferível deixar de parte a ilusão de que vamos conseguir mudar o mundo ou as pessoas. Porque não vamos. No fundo, poderemos apenas enganar-nos durante uns tempos pensando que estamos a fazer algo de bom para os outros, quando de facto o que estamos a fazer é apenas pensando em nós próprios. Será que se fosse apenas para o bem comum nos importaríamos tanto? Não. Queremos mudar o mundo e os outros porque sabemos que assim seremos mais felizes. Provavelmente à espera que nos percebam, que nos descubram. Estamos a ser egoístas.
Ok, vou deixar de falar no plural.
Eu esperava conseguir mudar o mundo (ainda não penso o mesmo?). E o que posso dar é o meu pequeno contributo. Não posso ignorar mais os meus instintos, há coisas que por mais que queremos que sejam assim não se podem moldar. Os sentimentos não se criam, sentem-se e pronto, tal como instintos repentinos. Os meus nunca me enganaram, mas eu tento seguidamente enganá-los. De que me serve um amor ou amizade idealizada se não é sentida? Se não há empatia e aquele friozinho na barriga ou o sentimento de que o tempo se tornou mais lento e que só estamos nós no mundo? Não serve de nada. Para que tudo o resto resulte isto tem de existir. E não existe timidez ou outra desculpa que aguente. Afinal, todos nos transformámos na presença de alguém que nos marca. Se isso não existe é porque não há sentimento.
Podemos racionalizar muito: aquela pessoa complementa-me espiritualmente, aquela é pura atracção e aquela tem a personalidade e carácter compatíveis com os meus... Qual a ideal? Bah, alguém sabe? Venha a racionalidade e escolha? Não dá certo, lamento. "Então?" Bem, então é seguir em frente e deixar o coração decidir! "Mas o coração faz parte de mim! É a mesma coisa!" Não é, quando metaforicamente falamos de coração sabemos que não comandamos um conjunto de emoções quando vemos a/o tal. E não falo de atracção física. São coisas muito distintas. É algo superior a nós e que nos faz querer continuar na presença dessa pessoa para além do tempo que dispomos. É olhar nos olhos e sentirmo-nos em casa sem querer desviar o olhar, é saber que há tanto por dizer e não nos conseguirmos expressar. É sonhar com essa pessoa, preocuparmo-nos, querer cometer loucuras por essa pessoa, sentir que é preciso apenas um abraço para o mundo cair aos nossos pés e sermos a pessoa mais feliz do mundo.

O resto?
O resto não interessa...

Está na hora de fazer um refreshment à minha vida...

Até ...

domingo, 2 de novembro de 2008

Equilíbrio



"Equilíbrio"....


Precisamos dele para tudo na vida: para aprender a andar a pé, a andar de bicicleta, a manusear um lápis até!... para não magoarmos ninguém, para sabermos impor limites, para conseguirmos ser felizes... É nisso com que me deparo nestes dias... Um equilíbrio tão difícil de atingir quanto desejado. E não se pense que existe uma receita, que a primeira pessoa a encontrar um destes equilíbrios poderá contar às outras o segredo e toda a gente o aplicará com sucesso. Porque temos é de encontrar o nosso equilíbrio. Aquele que nos faz sentir mais felizes e realizados sem nos sentirmos defraudados pelo rumo que a nossa vida toma.

De que resulta esse equilíbrio? De muitas quedas e golpes, julgo eu. Porque vamos balouçando de um lado para o outro como se estivéssemos num barco de pesca. Até que... este (des)equilíbrio nos faz sofrer e temos de procurar o tal equilíbrio...

Se já encontrei o meu equilíbrio? Em relação a alguns aspectos já vou conseguindo... Para outros ainda não descobri como o fazer... Mas embora às vezes pensemos que já atingimos a segurança de um equilíbrio, vem alguma coisa e altera tudo... Temos de estar à espreita, receptivos e atentos... Caso contrário, ainda que as coisas batam contra nós, não nos vamos aperceber delas...


Em relação à imagem... quando pensei na palavra "equilíbrio" esta foi a primeira que me surgiu... Porque estávamos no limbo que a natureza nos ofereceu, e porque foi ali que descobri o meu equilíbrio para outras coisas...