quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Desistir (ou não)

Desistir...
É necessário saber quando parar e repensar... Nos projectos de vida, e o que queremos para os próximos meses.
Foi isso que fiz e não gostei. Por vezes temos de saber quando desistir. É preferível deixar de parte a ilusão de que vamos conseguir mudar o mundo ou as pessoas. Porque não vamos. No fundo, poderemos apenas enganar-nos durante uns tempos pensando que estamos a fazer algo de bom para os outros, quando de facto o que estamos a fazer é apenas pensando em nós próprios. Será que se fosse apenas para o bem comum nos importaríamos tanto? Não. Queremos mudar o mundo e os outros porque sabemos que assim seremos mais felizes. Provavelmente à espera que nos percebam, que nos descubram. Estamos a ser egoístas.
Ok, vou deixar de falar no plural.
Eu esperava conseguir mudar o mundo (ainda não penso o mesmo?). E o que posso dar é o meu pequeno contributo. Não posso ignorar mais os meus instintos, há coisas que por mais que queremos que sejam assim não se podem moldar. Os sentimentos não se criam, sentem-se e pronto, tal como instintos repentinos. Os meus nunca me enganaram, mas eu tento seguidamente enganá-los. De que me serve um amor ou amizade idealizada se não é sentida? Se não há empatia e aquele friozinho na barriga ou o sentimento de que o tempo se tornou mais lento e que só estamos nós no mundo? Não serve de nada. Para que tudo o resto resulte isto tem de existir. E não existe timidez ou outra desculpa que aguente. Afinal, todos nos transformámos na presença de alguém que nos marca. Se isso não existe é porque não há sentimento.
Podemos racionalizar muito: aquela pessoa complementa-me espiritualmente, aquela é pura atracção e aquela tem a personalidade e carácter compatíveis com os meus... Qual a ideal? Bah, alguém sabe? Venha a racionalidade e escolha? Não dá certo, lamento. "Então?" Bem, então é seguir em frente e deixar o coração decidir! "Mas o coração faz parte de mim! É a mesma coisa!" Não é, quando metaforicamente falamos de coração sabemos que não comandamos um conjunto de emoções quando vemos a/o tal. E não falo de atracção física. São coisas muito distintas. É algo superior a nós e que nos faz querer continuar na presença dessa pessoa para além do tempo que dispomos. É olhar nos olhos e sentirmo-nos em casa sem querer desviar o olhar, é saber que há tanto por dizer e não nos conseguirmos expressar. É sonhar com essa pessoa, preocuparmo-nos, querer cometer loucuras por essa pessoa, sentir que é preciso apenas um abraço para o mundo cair aos nossos pés e sermos a pessoa mais feliz do mundo.

O resto?
O resto não interessa...

Está na hora de fazer um refreshment à minha vida...

Até ...

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